Cometer erros na seleção de fornecedores pode resultar em uma série de problemas para o seu negócio ao longo dessa parceria.
Um dos principais motivos pelos quais isso acontece é que, se já na etapa de escolha da empresa fornecedora você deixar de avaliar algum critério importante, a tendência é que adversidades e contratempos surjam durante a vigência do contrato.
Dependendo da gravidade ou do modo como essas questões acontecem, as chances de gerar riscos financeiros, reputacionais, entre outros similares para sua companhia são altas.
Por exemplo, imagine que você não analisou a capacidade de entrega do fornecedor. Meses após contratá-lo, sua empresa tem uma demanda extra de pedidos que, para atender, precisa de mais matéria-prima. Ao entrar em contato com o parceiro, ele informa que não pode entregar além do acordado no contrato.
Concorda que essa negativa gerará uma série de transtornos para a sua companhia? No caso, precisará buscar, em caráter de urgência, outro fornecedor. Se não encontrar a tempo, ou com as especificações necessárias, seu negócio não conseguirá atender ao pedido extra e, consequentemente, terá problemas com os clientes e perdas financeiras.
Por razões como essas é tão importante evitar erros na seleção de fornecedores. E a melhor forma de fazer isso é conhecendo quais são essas falhas. É justamente sobre isso que falaremos neste artigo. Então, siga a leitura e confira agora mesmo!
5 erros na seleção de fornecedores
Entre os principais erros na seleção de fornecedores, os principais que precisam ser evitados são:
- considerar apenas preço;
- ignorar a capacidade de entrega;
- não analisar o histórico da empresa fornecedora;
- desconsiderar o conceito ESG;
- se ater a apenas um fornecedor.
Considerar apenas preço
Comumente, profissionais de compras e procurement são orientados a encontrar os menores preços possíveis para garantir o fluxo de abastecimento da empresa sem onerar o caixa.
Todavia, é fundamental ter em mente que considerar apenas esse critério não é o ideal, especialmente quando ele impacta na qualidade do que está sendo adquirido.
Saving de compras somente é interessante quando, realmente, gera um bom custo-benefício para o negócio. Do contrário, em vez de proporcionar economia, pode resultar em mais gastos.
Ignorar a capacidade de entrega
Lembra do exemplo que demos logo na abertura deste artigo? Pois bem, ele entra na lista das falhas mais cometidas na hora de selecionar fornecedores por conta dos potenciais transtornos que relacionamos.
Por isso, não basta verificar se a empresa fornecedora tem bons preços e qualidade e deixar de analisar se ela não tiver a capacidade de entregar o volume que o seu negócio precisa, e até extra, se necessário.
Não analisar o histórico da empresa fornecedora
Tempo de mercado, reputação, relacionamento com stakeholders, cases de sucesso, saúde financeira. Esses são apenas alguns exemplos de critérios que nem todos os profissionais de compras se preocupam em analisar antes de contratar um fornecedor — o que é um sério erro.
Deixar esses pontos de lado pode gerar surpresas desagradáveis após o contrato já estar firmado. Por exemplo, você pode descobrir, durante a parceria com o fornecedor, que ele se envolveu em atividades ilícitas, como o uso de mão de obra escrava.
Ao trazê-lo e mantê-lo na sua rede de abastecimento, as chances de comprometer a imagem da sua marca são grandes, bem como de gerar mal-estar com seus clientes, investidores, entre outros agentes relacionados.
Desconsiderar o conceito ESG
ESG é a sigla para os termos em inglês environmental, social and governance, que no nosso idioma significam ambiental, social e governança. Trata-se de um conceito criado para fomentar a adoção de práticas corporativas que ajudem a reduzir o impacto no meio ambiente e na vida das pessoas.
Em outras palavras, a ideia é que as empresas trabalhem de modo que suas atividades não afetem, ou afetem o mínimo possível, a natureza e a sociedade.
Fornecedores que seguem esse princípio geram menos riscos para seus contratantes — a exemplo dos ambientais e jurídicos —, bem como contribuem para o negócio se manter em compliance com diversas leis.
Por isso, não verificar se a empresa fornecedora que pretende contratar atua alinhada com o conceito ESG é considerado um dos erros na seleção de fornecedores.
Se ater a apenas um fornecedor
Outra falha significativa é analisar apenas um fornecedor e deixar de considerar outras opções disponíveis no mercado.
Exceto se for um fornecedor monopolista — que trabalha com produtos/serviços exclusivos e não tem concorrentes —, fazer isso pode gerar uma série de transtornos para o seu negócio.
Aqui, é fundamental pensar que, ao criar dependência com uma empresa fornecedora, se essa tiver algum problema, refletirá diretamente na sua.
Imagine que o fornecedor em questão teve as atividades interrompidas por descumprir leis trabalhistas. Concorda que o seu negócio não receberá os insumos ou serviços contratados por conta dessa suspensão?
Assim, na hora de selecionar fornecedores, sempre verifique mais de uma opção. Desse modo, tem a chance de comparar as possibilidades e de montar um banco de dados que pode ser consultado sempre que necessário.
Quais são os principais critérios para seleção de fornecedores?
Percebeu que os erros na seleção de fornecedores estão diretamente relacionados a critérios que não foram analisados? Por esse motivo, outra forma de evitar falhas durante o processo de escolha de parceiros para compor a cadeia de suprimentos do seu negócio é saber o que analisar.
Quanto a isso, os principais critérios para selecionar fornecedores que você deve considerar são:
- custo-benefício;
- capacidade produtiva;
- histórico e reputação;
- qualidade dos produtos/serviços;
- canais de atendimento e suporte;
- formas, meios e condições de pagamento;
- flexibilidade na negociação;
- saúde financeira;
- logística de entrega;
- análise de riscos.
Quais são os riscos causados por fornecedores?
Por falar em análise de riscos, uma gestão de fornecedores eficiente deve avaliar também quais ameaças a empresa fornecedora pode trazer para a sua. Sobre isso, os mais relevantes estão:
- riscos ESG: surgem quando o fornecedor descumpre leis ambientais, não respeita os direitos humanos, não tem uma gestão transparente, entre outras condutas relacionadas a esse conceito;
- risco financeiro: quando a má atuação do fornecedor afeta o fluxo produtivo do seu negócio, ou faz com que sua empresa seja penalizada com multas e autuações;
- risco jurídico: acontece quando o parceiro se envolve em práticas ilícitas e sua companhia é considerada conivente com essas atitudes por tê-lo na cadeia de abastecimento;
- risco reputacional: similar ao anterior, tem relação com condutas que os stakeholders desaprovam;
- risco de desabastecimento: a exemplo de quando o fornecedor não tem a capacidade produtiva que seu negócio precisa, quando tem as atividades interrompidas por questões legais, entre outras situações relacionadas.
Se você está pensando em como analisar tudo isso de maneira prática, rápida e livre de erros, saiba que o melhor é contar com ajuda da tecnologia.
Utilizando um software de gestão de fornecedores robusto e completo, é possível fazer essa seleção abrangendo todos os critérios que citamos em menos tempo e sem falhas!
Este artigo foi escrito pela Linkana, a primeira fundação de dados de fornecedores compartilhada do Brasil. Nossa base de dados de perfis universais de fornecedores permite que compradores busquem, analisem e homologuem fornecedores em alguns cliques!