Investindo em moeda estrangeira

Investindo em moeda estrangeira

Não importa se você está dando seus primeiros passos no mundo dos investimentos ou já tem experiência no mercado financeiro, a opinião unânime dos especialistas é que você deve ter pelo menos uma parte do seu portfólio alocado no exterior.

Para isso, comprar dólar e outras moedas fortes, como euro, libra esterlina e iene, pode ser uma excelente estratégia para quem está montando uma carteira sólida e resistente a crises políticas e econômicas no cenário doméstico, além de aumentar o potencial de ganho com ações e títulos de outros países.

Neste artigo, você vai descobrir como inserir na carteira moedas estrangeiras seguras e conhecidas por sua estabilidade e valorização no longo prazo.

Por que investir em moeda estrangeira?

Uma das recomendações mais importantes dos especialistas para quem deseja construir um patrimônio sólido ao longo dos anos é a diversificação de portfólio.

Quando uma pessoa não se preocupa em diversificar seus investimentos e mantém seus recursos muito concentrados em poucas classes de ativos, acaba ficando vulnerável às naturais oscilações de mercado, ao permitir que o risco de um ativo de maior peso acabe se disseminando por toda a carteira, gerando perdas muitas vezes consideráveis.

Os especialistas também defendem que todo investidor deve lastrear pelo menos uma parte do seu patrimônio em moedas fortes, que sirvam de reserva internacional e facilitem o comércio entre os países, como o dólar, o euro, a libra esterlina e o iene.

Historicamente, essas moedas são muito mais estáveis e valorizadas do que as moedas de países emergentes, como o Brasil, além de serem aceitas em todo o mundo como meio de troca, ou seja, você pode trocá-las por moedas locais em qualquer casa de câmbio, sem maiores dificuldades, o que não acontece com o real brasileiro.

Da mesma forma, quem deseja investir em ações de grandes multinacionais, como Apple, Google e Netflix, para receber dividendos em dólar, por exemplo, pode não apenas diversificar suas fontes de renda, como também obter ganhos de capital, já que a moeda americana, no longo prazo, costuma se valorizar em relação ao real, aumentando o potencial de ganho da carteira.

Como investir em moeda estrangeira?

A boa notícia para quem deseja ter exposição a moedas fortes é que não é necessário ter depósitos dessas divisas em uma conta no exterior ou casa de câmbio, já que existem várias formas alternativas de investir em moeda estrangeira, além do papel-moeda em si.

Hoje já é possível ter uma conta digital em dólar, com cartão de débito e crédito internacional, caso você queira viajar, morar ou fazer compras no exterior. Diversas empresas oferecem esse tipo de serviço no país, inclusive bancos tradicionais.

Mas, para quem não quer ter o trabalho de contratar câmbio e arcar com os custos das operações várias vezes ao ano, pode encontrar produtos alternativos no mercado financeiro que permitem ter exposição às oscilações de moedas, como fundos cambiais e até mesmo derivativos, como o minicontrato de dólar.

Outra opção para os investidores que desejam dolarizar uma parte do seu patrimônio é investir em grandes empresas estrangeiras através de fundos que aplicam os recursos dos cotistas no exterior e os BDRs (Brazilian Depositary Receipts), espécie de certificados lastreados em ações de empresas estrangeiras, negociados na bolsa de valores (B3).

Essas seriam formas indiretas de diversificar a carteira com ativos denominados em moedas estrangeiras e, assim, obter ganhos com a sua valorização no longo prazo.

Um aspecto importante a ser levado em conta pelos investidores é que toda moeda tende a perder valor de compra por causa da inflação, e uma forma de evitar a perda de poder aquisitivo é não deixar o dinheiro parado em uma conta, mas investir em produtos financeiros que tenham rendimento, como ações e títulos de renda fixa.

Nesse sentido, para quem não tem ciência, tempo ou simplesmente não quer se dar ao trabalho de montar um portfólio lastreado em moedas estrangeiras, a melhor opção é comprar cotas de um fundo de investimento e deixar que gestores profissionais escolham os ativos e façam o balanceamento da carteira em seu lugar.