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Gordura no fígado pode desencadear outras doenças

Três em cada dez brasileiros apresentam o quadro de esteatose hepática, que se caracteriza pelo acúmulo de gordura no fígado. O dado do Ministério da Saúde acende o alerta para a necessidade de uma rotina de cuidados que permita a prevenção e, também, o diagnóstico precoce. Por ser uma condição inicialmente assintomática, há o maior risco de ocorrer uma evolução silenciosa para doenças mais graves.

Esteatohepatite ou hepatite gordurosa, cirrose e câncer podem ser originados por um quadro de esteatose hepática prolongado. De acordo com o Ministério da Saúde, a gordura acumulada nas células do fígado pode causar um processo de inflamação, responsável por desencadear essas enfermidades.

A esteatose hepática atinge homens e mulheres de diferentes faixas etárias, incluindo crianças e adolescentes, como informa a Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH). Há diferentes fatores de risco associados ao acúmulo de gordura no fígado, o que levou as autoridades de saúde a realizarem duas classificações principais para a doença.

A primeira delas é quando a condição é causada pelo consumo de bebidas alcoólicas em excesso. A segunda é a chamada Doença Hepática Gordurosa Não Alcoólica (DHGNA), que tem entre as principais causas: obesidade, sobrepeso, diabetes, hipertensão arterial, colesterol alto e aumento de triglicérides.

Pesquisa recente realizada pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), divulgada em junho, identificou a associação da DHGNA com o aumento dos níveis de ácido úrico e o alto consumo da frutose proveniente de alimentos ultraprocessados.

Sintomas e diagnóstico

Muitas pessoas podem ter o acúmulo de gordura no fígado, mas sequer saberem. Isso porque, a princípio, não há a manifestação de sintomas. Com o avanço da patologia surgem sinais, como dor abdominal, cansaço, fraqueza, perda de apetite e aumento do tamanho do fígado.

Nos casos mais graves, em que ocorre a insuficiência hepática – quando o fígado não consegue realizar suas funções –, o paciente pode apresentar olhos amarelados, confusão mental, hemorragia e acúmulo de líquido no abdômen.

A SBH explica que o diagnóstico da esteatose costuma ser incidental, quando o paciente realiza exames por conta de outras questões de saúde e detecta o acúmulo de gordura no fígado. Por isso, é aconselhável que as pessoas mantenham o hábito de realizarem check ups, sobretudo, se apresentarem fatores de risco.

Um exame laboratorial pode identificar alterações no sangue e indicar a necessidade de investigar a suspeita de esteatose hepática. Dessa forma, o médico hepatologista pode solicitar exames de imagem mais específicos, como a elastografia hepática.

Como tratar o acúmulo de gordura no fígado

O acúmulo de gordura no fígado tem cura. Segundo a SBH, até 80% dos pacientes conseguem controlar a situação, deixando o quadro estável. Aqueles que não conseguem sofrem uma evolução do quadro, mas que também pode ser tratada.

O Ministério da Saúde explica que o tratamento inclui o combate dos sintomas e das causas que provocam o problema. Por isso, quanto mais cedo é identificado, mais fácil é a solução.

Quando a doença tem causas como obesidade, diabetes, hipertensão e alterações metabólicas, o tratamento consiste no controle dessas condições. Para isso, além de seguir as orientações médicas com relação à medicação, o paciente deve mudar o estilo de vida, através de uma alimentação equilibrada e da prática regular de exercícios físicos.

A SBH ressalta que a dieta deve ser orientada por médicos e nutricionistas, respeitando a individualidade de cada paciente. Suplementos alimentares e medicação sem registros da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) não devem ser utilizados. Outra recomendação é com relação à atividade física, que deve ser adaptada às condições clínicas de cada paciente, considerando se eles são ativos, sedentários ou atletas.

Formas de prevenção

As autoridades de saúde reforçam que é possível prevenir o acúmulo de gordura no fígado por meio da adoção de hábitos saudáveis, que permitam controlar o peso, a pressão arterial e a atividade metabólica.

Também alertam sobre a importância de as pessoas que integram os grupos de risco manterem uma rotina de acompanhamento médico. Caso sintomas como dores, fraqueza, inchaço abdominal e olhos amarelados sejam observados, a orientação é buscar um médico hepatologista.

Entretanto, é importante ressaltar que não se deve esperar o surgimento de sintomas para procurar auxílio médico, já que os sinais aparecem apenas em uma fase avançada da doença.

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