Inquestionavelmente, a prática alopática na propedêutica às infecções virais, o combate aos processos inflamatórios e a militância contra as neoplasias, constituem a instância inicial mais importante e determinante quando já instalada as alterações orgânicas e fisiológicas em decorrência a tais problemas de saúde. Todavia, vale destacar que as reverberações da conduta medicamentosa , ocasiona sobremodo malefícios a operacionalização normal das funcionalidades renais, em especial comprometida pelo uso abusivo de anti-inflamatórios não-esteroidais, favorecendo à nefrites, vasoconstrição arteriolar e por conseguinte queda da taxa de filtração glomerular precipitando a lesão renal aguda. É pertinente o acompanhamento rigoroso para estadiamento do comprometimento renal pelo uso de AINES.No que tange ao uso de retrovirais, reconhecidamente um grande avanço em especial na abordagem sindrômica a infecção por HIV, contudo algumas classes de tais medicamentos têm associação direta com o prejuízo renal levando a perda de função. O indinavir tem associação com a litíase renal. O atanavir está associado igualmente à cristalúria, porém em porcentual bem mais baixo. O tenofovir tem correlação com a perda mineral óssea e por conseguinte diminuição da TFG – taxa de filtração glomerular. Já o uso abusivo do aciclovir endovenoso tem associação com o desencadeamento da LRA.Discernente ao emprego de determinados quimioterápicos, podem ocorrer lesões tubulares e consequentemente LRA – lesão renal aguda. A fosfatúria, proteinúria, hipomagnesemia estão entre os achados clínicos mais comuns frente ao uso de cisplatina e ifosfamida.