As capitais com a maior faixa cicloviária são São Paulo, Brasília, Rio de Janeiro e Fortaleza
O ciclismo é um dos meios de transporte mais amados entre os brasileiros. Além de ser uma forma de se deslocar, as bicicletas também têm tomado as cidades como forma de esporte e passeio. Ao todo, o Brasil já tem mais de quatro mil km de extensão de ciclovia, ou seja, ficou bem mais tranquilo andar de bicicleta em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Brasília, Porto Alegre, Florianópolis e em diversas outras cidades.
As capitais brasileiras, atualmente, dispõem de 4.146,38 quilômetros de extensão cicloviária, ou seja, ciclovias e ciclofaixas. Esse valor dá uma média de um pouco mais de 150 km por cidade. Quando o valor absoluto é dividido pela população, dá uma média de 9,85 km para cada 100 mil habitantes.
Os dados foram divulgados pela associação Aliança Bike e mostram que as capitais que têm maior extensão de ciclofaixas são, respectivamente, São Paulo, com 699,2 km; Brasília, com 475 km; Rio de Janeiro, que dispõe de 450 km e Fortaleza, que fechou com 411 km.
A maior cidade do Brasil, São Paulo, passou por uma expansão cicloviária entre 2013 e 2016. Na época, a malha passou de 91 para 500 km. A meta da prefeitura é aumentar ainda mais, chegando a 1800 km até 2028, ou seja, um crescimento de mais de 150% em um período de seis anos.
Já o Rio de Janeiro, por exemplo, tem a mesma malha cicloviária desde 2016. Ela foi reformada a partir de 2009, em preparação para os Jogos Olímpicos. Após o encerramento, nada mais foi mexido. A prefeitura considera a cobertura baixa e, em 2021, divulgou um plano para a implantação de mais 160 km até 2029.
Já as capitais com menos opções cicloviárias, de acordo com o levantamento, foram Macapá, com apenas 18 km; Porto Velho, com 24 km; e Manaus, que possui uma malha cicloviária de 35 km.
Crescimento das bicicletas no Brasil
O aumento das ciclovias têm acompanhando as tendências de crescimento do número de bicicletas e ciclistas no Brasil. De acordo com dados da Tembici, em todos os locais onde eles operam, o crescimento médio foi de 35% em um ano.
Só na capital Rio de Janeiro, o número aumentou 26%, de fevereiro de 2021 em relação ao mesmo mês deste ano. Já em São Paulo, o número foi ainda mais expressivo: um aumento de 68% comparando março de 2021 e de 2022. Na capital paulista, foram registradas mais de 1,5 bilhões de bicicletas em 2021.
Grande parte desse crescimento das bicicletas aconteceu devido a alta no preço dos combustíveis. Com isso, a população passou a usar a bike muito além de passeios e esporte, mas também como meio de transporte.
Bike: sustentabilidade e futuro
O fato de o número de bicicletas e do uso delas na rotina estar crescendo é um ótimo índice para a sustentabilidade. A bike é considerada uma das formas de transporte mais sustentáveis e limpas do mundo e seu uso tem sido incentivado em diversos países.
Além de ser mais econômica e ajudar na saúde, a bicicleta como meio de transporte auxilia na diminuição do dióxido de carbono produzido pela queima de combustíveis dos automóveis. Ela também ajuda na mobilidade urbana, já que, quanto menos carro na rua, menos trânsito existe.
Mas, para que as bikes sejam uma realidade mais presente na sociedade e no combate ao aquecimento global, é necessário que as prefeituras invistam ainda mais nas ciclovias e criem um ambiente mais adequado para que os ciclistas possam pedalar com tranquilidade e segurança.
