A possibilidade de demitir Tite e contratar Renato Gaúcho para o comando da seleção brasileira para agradar o Governo Federal, pode impedir o Brasil de jogar a próxima Copa do Mundo, que será disputada em 2022 no Catar.
Segundo o jornalista da Sport TV, André Rizek, antes de ser afastado, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Rogério Caboclo, teria prometido ao Palácio do Planalto a troca de técnico. A queda de Tite está sendo cobrada por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que querem à frente da seleção alguém alinhado ao chefe de estado. Renato já demonstrou inúmeras vezes admiração por Bolsonaro.
Nos artigos 14 e 19 do seu Estatuto, a Fifa ressalta que não aceita interferências políticas: “No trato com instituições governamentais, organizações nacionais e internacionais, associações e agrupamentos, pessoas vinculadas por este Código devem, além de observar as regras básicas do art., permanecer politicamente neutras, de acordo com os princípios e objetivos da Fifa”, diz um trecho.
A punição para a violação é de pagamento de “multa apropriada de pelo menos 10 mil CHF (moeda oficial da Suíça, que equivale a R$ 56,13 mil), bem como a proibição de participar de qualquer atividade relacionada ao futebol por um máximo de dois anos”. Em 2017 a seleção do Mali ficou proibida de participar de competições após interferência do governo na federação de futebol do país.
Caboclo foi afastado da presidência da CBF por 30 dias após uma denúncia de assédio sexual e moral contra uma funcionária da Confederação vir à tona. Além disso, a comissão técnica da seleção brasileira ameaça não jogar a Copa América, que foi anunciada no Brasil de última hora. Tite e os jogadores prometem se manifestar na terça-feira (8) sobre a participação no torneio, após o jogo contra o Paraguai válido pelas eliminatórias.