Variadas abordagens compõem o acervo de ferramentas educativas nas tratativas ao paciente portador de transtorno do espectro autista. Dentre os modelos de intervenção mais reconhecidos estão a TEACCH, ABA, PECS e PADOVAN. Todos esses métodos em consonância objetivam ambientar, adequar e potencializar de forma intensiva os processos educativos que empoderarão a criança quanto à sua independência, relação interpessoal, aprendizagem e o desenvolvimento de suas expertises. Inquestionavelmente, o apoio familiar corrobora para o êxito no acompanhamento e comprovadamente auxilia na amenização da ansiedade e tensão. Indubitavelmente, quanto mais precocemente forem iniciadas as abordagens, melhor será o feedback da criança. Melhor será o lidar dos comportamentos de oposição e nesta perspectiva as práticas integrativas também podem auxiliar nesta abordagem. Escolas e clínicas devem se estruturar para as demandas cada vez incidentes na sociedade e as implicações têm requerido profissionais de perfil e capacidade técnica que possam realmente contribuir com os planos de intervenção. No modelo TEACCH os déficit na comunicação, são de demanda da psicolinguística. A adequação de espaços físicos e definição de rotinas corrobora para a ambientação. Já no modelo PECS a proposta é criar uma comunicação alternativa por imagens para que a aprendizagem possa ser progressiva e paulatina, tendo um caráter mais facilitado. Quanto ao modelo PADOVAN propõe a reeducação neurofuncional ou do neurodesenvolvimento, o foco é a reorganização neurológica. Nesta perspectiva, creio ser muito salutar e congruente que tais especificidades técnicas igualmente devem influenciar a operacionalização da terapia dialítica em pacientes do transtorno do espectro autista, como por exemplo as estereotipias motoras por ansiedade frente à sessão de hemodiálise ou episódios de agitação, dentre outros. Como entender e aceitar os regramentos da clínica, as limitações e as adequações alimentares, são alguns dos aspectos a serem considerados. Sem sombra de dúvidas a presença do familiar, a musicoterapia, as práticas integrativas, a equipe multiprofissional e todos os demais métodos citados anteriormente são de fundamental importância para que o manejo da criança autista com doença renal seja atendida adequadamente. Todavia, o retrato situacional da terapia renal substitutiva em crianças com doença renal crônica na Bahia é delicado, pois dispomos apenas de uma unidade dialítica especializada e de referência que realiza sessões de hemodiálise convencional em crianças no Estado.