O ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), adiantou ao blog de Andreia Sadi, do G1, nesta segunda-feira (25), que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve criar uma política conjunta entre as Forças Armadas e a Polícia Federal para combater a presença de fuzis e outras armas pesadas no Brasil.
A declaração de Costa, que governou a Bahia de 2015 a 2022, ocorre num momento em que o Estado vive uma onda de violência que resultou na apreensão de 48 fuzis neste mês de setembro, mais que o dobro do registrado em todo o ano de 2022. Mais de 40 pessoas morreram em confrontos, incluindo o policial federal Lucas Caribé.
“Eu conversei com [Flávio] Dino [ministro da Justiça e Segurança Pública] e queremos uma política conjunta da PF e das Forças Armadas para conter fuzis no Brasil e de armas pesadas também. É preciso padronizar os números de crimes para comparação, é isso que defendo, mas claro que os números são uma tragédia em todo Brasil. E piorou muito no governo Bolsonaro, quando teve o liberou geral de armas pesadas, como fuzis”, afirmou.
Durante o governo Bolsonaro, de 2019 a 2022, o número de brasileiros com autorização para ter arma aumentou 7 vezes: de 117.467, em 2018, para 813.188, em 2022. O Fantástico revelou que o acesso facilitado para CACs – sigla para caçadores, atiradores e colecionadores – armou traficantes e deu porte ilegal a membros de clube de tiro.
O governo Lula determinou o recadastramento de armas para os CACs no início do ano e revogou decretos de Bolsonaro que facilitavam o acesso da população a armas e munições. Com a nova regra, armas longas, como fuzis, voltaram a ser de uso restrito de forças de segurança.