Os Clavinoteiros de Belmonte vai virar filme

Você sabia que, no final do século XIX, o cangaço atuou fortemente no Extremo Sul da Bahia? Essa história quase esquecida foi resgatada pelo escritor Roberto R. Martins no seu mais recente livro: “Os Clavinoteiros de Belmonte – Uma História dos Cangaceiros do Cacau”. A obra encantou o produtor local João Borges, do Arraial d´Ajuda, que promete levar “Os Clavinoteiros…” para a telona.

O décimo livro de Roberto Martins foi publicado pela Editora Mondrongo e vai ter noite de autógrafos em Porto Seguro na quinta-feira, 06/06, às 18h, na Livraria O Livreiro (rua Marechal Deodoro, 298 – Pacatá). Onde também será assinado o contrato para a produção da película entre o escritor e a Jacumã Filmes (sociedade de Borges com a produtora cultural Miriam Silva).

O romance teve inspiração em “A Canção dos Piratas”, de Machado de Assis. No conto de 1894, o mestre da literatura brasileira conclama os poetas de então a se inspirarem, assim como Victor Hugo, em 1830, se inspirou nos piratas.

“Considerando que Antonio Conselheiro foi cantado em prosa e verso em centenas de obras, mas que os clavinoteiros de Belmonte permaneceram esquecidos, restritos a pequenas referências em alguns livros de história regional, resolvi aceitar o desafio de Machado de Assis”, revela Martins. “Mas no que diz respeito à prosa, fazendo um romance histórico, ficando a poética ainda em aberto para os poetas”.

Clavinoteiros de Belmonte

O livro narra a história dos cangaceiros do cacau. Eram jagunços e capangas que, a princípio a serviço dos coronéis, se tornam independentes e passam a agir por conta própria, mas sempre com a cobertura de algum político mandante.

São chamados de clavinoteiros por terem o clavinote – uma espingarda de cano mais curto; como arma. Foi a mais usada no Brasil de fins do século XIX e início do XX. Tiveram Belmonte como sua base principal.

Mas atuaram também em Porto Seguro (ocupada em 1892), Canavieiras (ocupada em 1894) e Ilhéus. Na capital do cacau se deram muitas ações, como ataques e a ocupação do Arraial de Tabocas, hoje Itabuna (1896/97).

Como romance, a obra tem na ficção seu principal veio. Nele, o clavinoteiro Argemiro se rebela contra as crueldades do coronel Zé Capião, um tirano que usa de um antigo direito feudal para abusar de mulheres recém-casadas – as mocinhas casadoiras.

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