ACM Neto fica vice de Bolsonaro e em compensação apoia João Roma para o governo da Bahia.
Não é fake. Foi isso que Rodrigo Maia, ex-presidente da Câmara, de saída do DEM, ex-amigo de ACM Neto, hoje entre cutucadas e cotoveladas, disse a Mário Kertész, na Metrópole. E balançou o coreto.
Neto se apressou em dizer que o único projeto que tem para 2022 é a disputa pelo governo da Bahia. Ou seja, descarta projetos federais, nos quais sempre foi citado – não de agora, ressalte-se.
Talvez, Rodrigo só tenha pretendido botar pimenta na muqueca, mas Neto diz que os imbricamentos federais não influenciam tanto nas questões estaduais. E o caso é típico, é um ex-amigo dando alfinetadas.
Terceira via
ACM Neto já disse que, entre Bolsonaro e Lula, não quer nenhum. Também disse que se for preciso estar junto com o PT, o PSOL e o PCdoB, a esquerda, para defender a democracia, estará. Ele gostaria de ver viabilizada uma candidatura de centro que colasse cá como Joe Biden colou nos EUA. Um Ciro Gomes, do PDT, por exemplo.
Mas as circunstâncias mostram que o primeiro desafio dele para encarar 2022 é em casa, com duas vertentes similares. Ele é presidente nacional do DEM e lá também o partido está rachado. Uma banda, com Neto e Mandetta, não quer nem conversa com Bolsonaro. Outra quer. Cá na Bahia é quase a mesma coisa.
Coluna de Levi Vasconcelos