Não é só nas praias da Bahia que mochilas contendo pasta base de cocaína tem aparecido. Da mesma forma que Porto Seguro, Prado, Alcobaça, Nova Viçosa, Maraú e Salvador registraram o aparecimento das mochilas, praias do Espírito Santo também receberam o surgimento dos pacotes.
Agora, para aumentar o mistério, casos internacionais começaram a chamar atenção por serem idênticos àqueles registrados no Brasil. Uma busca na Internet e você encontra relatos de sacos de cocaína avaliados em R$ 600 milhões achados em uma praia da Inglaterra e 31 kg da droga encontrados em Gulf Shores, cidade do Alabama, estado dos EUA.
Mas, de onde vêm os entorpecentes?
Como não se sabe ao certo a origem dos pacotes, surgem especulações a todo momento. As hipóteses variam entre as que apontam para um descarte das drogas realizado por criminosos em fuga das autoridades, ou até mesmo a ideia de que houve o afundamento de uma embarcação lotada de cocaína.
É plausível pensar que isso tudo não passe de uma carga que caiu no mar. Cerca de 10 mil contêineres caem de navios todos os anos. Assim, eles causam danos para a marinha mercante e para a vida nos oceanos.
“Começou com mais questões que respostas, e nós raramente recebemos respostas nesses casos”, conforme o sargento Jason Woodruff, da polícia de Gulf Shores.
Já o comandante da Agência Nacional de Crime do Reino Unido afirmou que acredita que os pacotes tenham surgido da América do Sul. “Esta é uma quantidade significativa de drogas de classe A que pensamos ter origem na América do Sul, mas estamos mantendo a mente aberta sobre como as drogas chegaram aqui e onde pode ter sido o destino final”, disse o agente.
O caso intrigante se assemelha a um registro de 2003, onde patinhos de borracha começaram a aparecer em praias de cinco continentes. Os itens caíram de um navio cargueiro que seguia da China para Seattle, nos Estados Unidos, durante uma tempestade em 1992. Ademais, a previsão da época era de que eles ainda estariam aparecendo em praias durante 20 anos.