Este último domingo de 2021, devemos guardar em nossas memórias, como o mais diferente de todos, justamente nesta época do ano, quando todos nós sempre estivemos bailando nas alegrias, entusiasmados pelos abraços, e confraternizações, fazendo planos, arrumando as malas para aquelas viagens dos nossos sonhos.
Quando sempre estivemos reservando os hotéis, marcando os lugares para abrirmos os espumantes, sempre vestidos de branco ao som dos fogos tocando os céus.
No entanto, neste domingo, o último de 2021, estamos aqui, vendo tudo de forma diferente. Sentados em nossos cantos, convivendo com os momentos mais angustiantes de nossas vidas, diante dos desencontros das autoridades nefastas que brigam por coisas pequenas, com esta pandemia que não acaba, imposta pelos interesses sórdidos e podres de políticos e laboratórios criminosos.
Estamos aqui, sem ações, perdendo nossas liberdades, e individualidades, oprimidos pela imprensa, e os pensamentos vaidosos de um bando de homens sem almas. Estamos aqui, submissos a uma tempestade que já dura 30 dias, que nos machuca, nos entristece, nos rouba nossas coisas construídas durante anos de nossas vidas. Coisas que as enxurradas levam de uma hora para outra e desaparecem como bolhas de sabão.
Estamos aqui, vendo cidades sendo devastadas, deixando famílias inteiras sem seus lares.
Estamos aqui, perdidamente atônitos. Não sabemos quase nada sobre o que vai acontecer. As incertezas estão nos machucando muito, quase tirando nossas esperanças e nossas alegrias, vendo a maldade sorri, diante de nós, quase desencantados.
Precisamos fechar os olhos, e torcer para que esses dias de dúvidas e receios desapareçam de nossos sonhos. E que o sol do Verão, volte a brilhar no horizonte.