Atos organizados por partidos de esquerda, centrais sindicais e movimentos sociais contra o presidente Jair Bolsonaro foram realizados neste sábado, 2. Os protestos acontecem em pelo menos 60 cidades, sendo em 14 capitais e 20 estados.
As manifestações são uma resposta da oposição aos atos de 7 de setembro, em que milhares de pessoas foram às ruas em apoio a Bolsonaro. No último dia 12, atos convocados pelo Movimento Brasil Livre (MBL) reuniram manifestantes em 17 capitais, mas não tiveram grande adesão por parte da população.
São Paulo
Em São Paulo, os protestos começaram às 13h. A Avenida Paulista foi bloqueada nos dois sentidos, na altura do MASP, e recebeu botijões de gás de cozinha infláveis, que criticam a alta dos preços.
As faixas com ataque ao presidente criticam a crise econômica e citam a alta do gás de cozinha, alimentos, energia elétrica e combustíveis. “Tá caro? Culpa do Bolsonaro”, diz um dos cartazes.
Os manifestantes pedem geração de emprego, mais vacinas e desaprovam a condução do combate à pandemia pelo Ministério da Saúde. O ato reuniu partidos de centro, esquerda e centro-direita. Por volta das 17h, oito quarteirões da avenida estavam ocupados.
Rio de Janeiro
Milhares de manifestantes se reuniram em um ato no Centro do Rio de Janeiro para pedir o impeachment do presidente Jair Bolsonaro e criticar os preços do botijão de gás e de alimentos, além do desemprego. O ato contou com a presença de integrantes de partidos de oposição ao governo e centrais sindicais.
Na Cinelândia, onde um palco foi montado para a realização de discursos, o pré-candidato à presidência da República pelo PDT, Ciro Gomes, foi uma das lideranças partidárias que marcou presença e falou durante o ato.
Brasília
A concentração dos opositores de Bolsonaro na capital federal foi no Museu da República e logo após eles realizaram uma caminhada em direção ao congresso nacional. Essa mobilização envolveu vários partidos de oposição como: PT, PSOL, PCdoB, PSB, PDT, Cidadania e Solidariedade, além de centrais sindicais e movimentos sociais.
Belo Horizonte
Manifestantes contrários ao governo do presidente Jair Bolsonaro se reúnem em cidades do interior de Minas Gerais. Há registro de protestos nas cidades de Ituiutaba e Uberlândia, no Triângulo Mineiro, Diamantina, na região Central, e Montes Claros, no Norte do Estado.
Em Belo Horizonte, a manifestação começou à tarde, na Praça da Liberdade, na região Centro-Sul da capital. A intenção do protesto, segundo os organizadores, é fazer uma ampla frente de oposição e pressionar pelo impeachment do chefe do executivo nacional.
Curitiba
Ao menos três cidades do Paraná tiveram focos de manifestações contrárias ao governo de Jair Bolsonaro. Em Londrina, na região norte, os manifestantes se concentram desde às três horas da tarde num dos principais calçadões da cidade.
No oeste, em Foz do Iguaçu, a manifestação segue em uma caminhada até uma praça que fica na região central da cidade. Em Curitiba, os manifestantes ocuparam a Praça Santos Andrade – onde fica o prédio histórico da UFPR.
Manaus
O protesto na capital amazonense ocorre a partir das 16h horas no Centro da cidade. A informação foi divulgada na internet por movimentos contra o presidente. Ainda não há previsão de quantas pessoas compareceram à manifestação.
Goiânia
A manifestação contra o governo do presidente Jair Bolsonaro na manhã deste sábado (2) em Goiânia, segundo os organizadores, reuniu cerca de 3 mil pessoas. O protesto seguiu até o início da tarde.
A mobilização estava prevista para acontecer em outras 14 cidades. Em Rio Verde, no sudoeste goiano, houve manifestação no período da manhã. No estado de Mato Grosso do Sul a mobilização foi capital Campo Grande.
Salvador
Foi concluída por volta do meio-dia a passeata de quase quatro quilômetros, no centro de Salvador, numa manifestação que pediu o impeachment do presidente Jair Bolsonaro, a ampliação das políticas de saúde no combate à pandemia da Covid-19, dentre outras pautas.
Todo o percurso foi feito sem o registro de ocorrências e contou com a presença de políticos como os deputados federais Alice Portugal e Daniel Almeida (ambos do PCdoB), além de Lídice da Mata (PSB), relatora da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) das Fake News.