A lesão renal aguda caracteriza-se por um abrupto, veloz e grave rebaixamento das funcionalidades renais, em especial da tríade essencial, a saber a filtração do volume de sangue corporal, com foco na geração do ultrafiltrado por meio da reabsorção e a eliminação dos excretas nitrogenados e metabólicos por decorrência da excreção. Vale destacar que oriunda desta problemática, o comprometimento no equilíbrio hidroeletrolítico e por conseguinte da função cardiovascular que fica prejudicada, igualmente podendo culminar na progressão contínua, paulatina e progressiva da agressão renal, levando a DRCSabidamente, algumas comorbidades de base potencializam o quadro clínico do paciente na UTI, reconhecidamente a HAS, DM e problemas hepáticos são fatores complicadores para a queda da função renal.É importante destacar a dificuldade na caracterização mais abrangente do perfil do paciente com LRA em UTI, haja visto o déficit nas pesquisas, as amostragens muitas vezes centralizadas em determinadas áreas e serviços que por sua vez não retrata com fidedignidade o verdadeiro impacto nas unidades públicas espalhadas pelo país, em especial pelo número de serviços e profissionais de nefrologia disponíveis no Brasil. É bom frisar que dentre os fatores predisponentes estão o clima, a disponibilidade e qualidade da água, o ambiente, a correlação com doenças infectocontagiosas e parasitárias, além de ser mais comum o comprometimento por LRA em países subdesenvolvidos e de clima tropical é constatado uma maior taxa de prejuízo renal em adultos jovens. O perfil de internação do paciente em UTI com LRA , normalmente é atrelado a queda vertiginosa da TFG, com anúria total. Inquestionavelmente, o emprego de material humano, recurso financeiro, tempo prolongado de internação e suporte na propedêutica, leva o paciente com LRA a ser um considerado um comprometimento com alta taxa de morbimortalidade nas UTIS.