Compreendendo os variados condicionantes para o prejuízo da funcionalidade renal por decorrência do processo gestacional, a lesão renal aguda ocupa lugar destacado dentre as preocupações mais tangíveis prioritariamente sobre a continuidade da gravidez, tratando-se dos efeitos maternos-fetais. A pré-eclâmpsia e eclâmpsia encabeçam dentre os fatores predisponentes para o comprometimento da função renal, pois é um dos indicativos mais prementes para a LRA, devido a diminuição da taxa de filtração glomerular e necrose tubular aguda. O prognóstico delicado se acentua com o avanço gestacional, se preconiza dentre os aspectos terapêuticos, pensando na efetividade e controle de risco que a gestação perdura até a 34ª semana. A síndrome de HELLP como consequência da pré-eclâmpsia tem associação com elevação dos níveis pressóricos, alteração importante de enzimas hepáticas e a ocorrência de proteinúria. Um percentual considerável de pacientes com síndrome de HELLP evoluem para a terapia dialítica decorrente de microangiopatia e necrose tubular aguda. Dentre as emergências obstétricas, a esteatose hepática aguda da gestação promove o grave comprometimento hepático ao término do período gestacional. Um percentual importante evoluem para LRA não dialítica. Vários fatores intrínsecos da gestação atuam como determinantes para a ocorrência da pielonefrite, quadro infeccioso que suscita preocupações para a ocorrência de LRA. A despeito da imprecisa fisiopatologia da necrose cortical em gestantes e por não possuir uma propedêutica específica frente o esquete sintomático, pode variar entre a abordagem dialítica ou não.