A lagarta verde, também conhecida como lagarta-do-cartucho ou lagarta-do-milho, é uma das pragas mais comuns e destrutivas em diversas culturas agrícolas. O termo “lagarta verde” pode se referir a várias espécies de lagartas que apresentam coloração verde em algum estágio de desenvolvimento, mas uma das mais conhecidas é a Spodoptera frugiperda, popularmente conhecida como lagarta-do-cartucho.
A lagarta verde possui um corpo cilíndrico e segmentado, variando de verde claro a verde escuro, com uma linha clara ao longo do dorso. Ela pode medir até 4 cm de comprimento e é facilmente reconhecível por suas manchas escuras e pêlos esparsos. Essa lagarta é altamente polífaga, o que significa que pode se alimentar de uma ampla variedade de plantas, incluindo milho, soja, algodão, tomate e muitas outras culturas.
O ciclo de vida da lagarta verde inclui os estágios de ovo, lagarta, pupa e mariposa adulta. As mariposas depositam os ovos nas folhas das plantas hospedeiras, e as lagartas eclodem em poucos dias. As lagartas passam por várias mudas, crescendo rapidamente enquanto se alimentam das folhas e caules das plantas. O dano causado pelas lagartas verdes é significativo, pois elas consomem grandes quantidades de tecido vegetal, podendo destruir folhas inteiras e comprometer o desenvolvimento das plantas.
O manejo da lagarta verde envolve várias estratégias. O controle químico é uma prática comum, utilizando inseticidas específicos para combater as lagartas em seus estágios iniciais. No entanto, o uso indiscriminado de inseticidas pode levar ao desenvolvimento de resistência, além de impactar negativamente os inimigos naturais e o meio ambiente. Por isso, é importante usar esses produtos de forma responsável e integrada.
O controle biológico é uma alternativa eficaz e sustentável, utilizando inimigos naturais como parasitoides, predadores e patógenos. Espécies como o Trichogramma spp., que parasitam os ovos da lagarta, e a bactéria Bacillus thuringiensis (Bt), que afeta especificamente as larvas, são amplamente utilizadas em programas de manejo integrado de pragas (MIP).
Práticas culturais, como a rotação de culturas, o plantio em épocas menos favoráveis à praga e a eliminação de restos culturais, também são importantes para reduzir as populações de lagartas verdes. O monitoramento constante das lavouras é essencial para detectar precocemente a presença das pragas e aplicar as medidas de controle necessárias.
A lagarta verde é uma praga que pode causar grandes prejuízos econômicos se não for devidamente controlada. A implementação de um manejo integrado, que combine métodos químicos, biológicos e culturais, é fundamental para minimizar os danos e garantir uma produção agrícola sustentável e eficiente.