Acusado de ser executor do atentado contra Marielle Franco, em 14 de março de 2018, no Rio de Janeiro, Ronnie Lessa delatou o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, como o mandante do crime.
Segundo o site Intercept Brasil, a delação de Ronnie Lessa precisará ser homologada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O motivo é que Brazão tem foro privilegiado pelo seu cargo.
A motivação do crime teria sido vingança contra Marcelo Freixo, que na época era deputado estadual e atualmente é presidente da Embratur.
Freixo teve diversos embates com Brazão na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), na época em que os dois tinham mandato pelo parlamento estadual.
Brazão, inclusive, foi citado, em 2008, no relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das milícias, presidida por Freixo, como um dos políticos que estavam liberados para fazer campanha em Rio das Pedras.
Por outro lado, Marielle trabalhou com Freixo por dez anos antes de ser eleita vereadora do Rio de Janeiro, em 2016.
Vereador, deputado estadual por cinco mandatos consecutivos (1999-2015) e conselheiro do TCR-RJ, Domingos Brazão, de 58 anos, coleciona polêmicas e processos ao longo de seus mais de 25 anos de vida pública. Contra ele já foram levantadas suspeitas de corrupção, pela qual foi afastado e depois reconduzido ao cargo de conselheiro do TCE-RJ, fraude, improbidade administrativa, compra de votos e até homicídio, segundo informações do jornal O Globo.