De olho nas eleições de 2022, o presidente Jair Bolsonaro já está com as negociações adiantas e deve se filiar ao Patriota para tentar a reeleição. Com a possibilidade de migrarem para um partido nanico e com pouca verba do fundo eleitoral, os aliados do presidente enxergam nas alianças a estrutura de campanha para o próximo ano.
Em uma reunião com o Patriota, o senador Flávio Bolsonaro (RJ), recém filiado a sigla, disse que irá trabalhar para uma coalizão com o PP, PTB, PL, Republicanos, PSL e outras legendas.
A aliança com o PP é a mais desejada, e conta com o senador Ciro Nogueira (PI), que também preside a sigla, além do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL).
Os bolsonaristas ainda visam uma aliança com o PSL, detentor de um grande tempo de televisão e cota do fundo partidário. Bolsonaro, inclusive, cogitou a possibilidade de retornar ao partido, mas encontrou resistência de uma ala de parlamentares.
Também desejado pelos bolsonaristas, o Republicanos enfrenta uma crise com a Angola, o que tem abalado a relação com Bolsonaro. Integrantes da Universal foram indiciados em maio por lavagem de dinheiro após denúncias de pastores angolanos.
Liderados por mensaleiros, PL e PTB também estão na mira do presidente. Comandado por Roberto Jefferson, condenado pelo mensalão, o político já declarou que irá disponibilizar o tempo de propaganda TV e rádio do PTB para a campanha de Bolsonaro.
Já o Partido Liberal (PL), comandado por Valdemar Costa Neto, também condenado no mensalão, passou ser cortejado por Bolsonaro nos últimos meses. Para atrair a sigla, o presidente entregou a Secretaria do Governo a deputa federal Flávia Arruda (DF).