A situação dos trabalhadores da Coelba e das empreiteiras que prestam serviços à empresa se agrava a cada dia. Enquanto os empregados próprios enfrentam problemas como assédio moral, pressão abusiva e descumprimento de acordos coletivos, os trabalhadores terceirizados também sofrem com graves violações trabalhistas, sem qualquer intervenção efetiva da Coelba para garantir condições dignas.
As reivindicações dos terceirizados
Os trabalhadores denunciam uma série de irregularidades, que incluem:
✅ Três anos de férias atrasadas – Direito fundamental desrespeitado, com trabalhadores sobrecarregados sem o devido descanso.
✅ FGTS não depositado – Recursos que garantem segurança financeira no futuro estão sendo retidos ilegalmente.
✅ Falta de plano de saúde – A empresa não garante assistência médica, prejudicando a saúde dos funcionários.
✅ Ausência de transporte e alimentação – Custos essenciais que antes eram cobertos agora recaem sobre os trabalhadores, reduzindo sua renda real.
As reivindicações dos funcionários da Coelba
Além dos problemas enfrentados pelos terceirizados, os próprios funcionários da Coelba vêm lutando contra práticas abusivas da empresa, como:
⚠️ Assédio moral e pressões abusivas – Trabalhadores relatam perseguições, ameaças veladas e cobranças excessivas.
⚠️ Descumprimento de acordos coletivos – Direitos negociados com o sindicato estão sendo ignorados.
⚠️ Falta de recursos e frota – Os trabalhadores não possuem equipamentos adequados para desempenhar suas funções, sendo obrigados, por exemplo, a usar seus celulares pessoais para atividades de trabalho. Além disso, a falta de veículos adequados compromete o deslocamento para serviços emergenciais e manutenção da rede.
Risco de apagão durante o Carnaval?
Com trabalhadores insatisfeitos, mobilizados e paralisando atividades, há um risco real de que os serviços de manutenção e operação da rede elétrica sejam afetados. Caso a Coelba continue ignorando as reivindicações, a Bahia pode enfrentar problemas no fornecimento de energia em pleno Carnaval, período em que a demanda elétrica aumenta significativamente.
Se a empresa não resolver essas questões imediatamente, a falta de pessoal e o descontentamento dos trabalhadores podem comprometer desde o atendimento a ocorrências emergenciais até a estabilidade da rede elétrica.
A responsabilidade da Coelba e a mobilização dos trabalhadores
A responsabilidade por essa crise é inteiramente da Coelba, que vem retirando direitos dos trabalhadores e dificultando ainda mais suas condições de trabalho. Enquanto isso, a empresa segue lucrando cada vez mais, tendo registrado um lucro de 5 bilhões de reais em 2024. Nos últimos cinco anos, os lucros da empresa crescem ano após ano, enquanto, em contrapartida, os direitos dos trabalhadores são reduzidos progressivamente.
Mesmo com esse faturamento bilionário, a Coelba continua explorando o suor dos trabalhadores, cortando benefícios e negando direitos. Esse descaso não afeta apenas os funcionários, mas pode comprometer o fornecimento de energia para toda a população.
Mobilização em Pirajá: Trabalhadores Fecham a Base em Protesto
Na manhã de hoje, os trabalhadores da empresa Dynamo realizaram uma grande mobilização na base de Pirajá, fechando toda a unidade como forma de protesto. A ação busca pressionar a empresa a reconhecer os direitos dos trabalhadores, abrir um canal de comunicação e resolver os problemas enfrentados pelos profissionais.
Os trabalhadores não aceitam mais serem lesados e seguem mobilizados para garantir que suas vozes sejam ouvidas.
A luta continua
Os trabalhadores da Coelba não aceitarão mais a precarização e o descaso. A luta agora é por:
✊ Cumprimento imediato de todas as obrigações trabalhistas.
✊ Melhoria nas condições de trabalho e fim do assédio moral.
✊ Fornecimento de recursos adequados e estrutura para o trabalho.
✊ Respeito aos direitos adquiridos e negociação transparente com os sindicatos.
A sociedade precisa estar atenta a essa situação. Empresas que lucram bilhões não podem continuar explorando seus trabalhadores. O desrespeito aos direitos trabalhistas afeta não apenas os profissionais, mas a qualidade do serviço prestado à população.
Se nada for feito, o risco de um Carnaval no escuro é real. A Coelba tem a chance de evitar esse colapso, mas o tempo está se esgotando!
