Grupos tradicionais de cultura resistem em Belmonte
São blocos tradicionais que saem todo ano na festa de carnaval, dos bairros Ponta de Areia e da Biela. A presença negra é clarividente, os ritos e ritmos africanos marcam os gestos e as cores.
Um dos blocos mais procurado é o Rompe Brasa, no qual homens e – agora – mulheres camuflados com folhas e plantas saem à rua sob o som dos atabaques e cantos africanos, inspirados em entidades míticas e nos parentes antepassados. Antes, a participação das mulheres era proibida, mas com o tempo, elas próprias foram incorporando um jeito próprio de participação, até mesmo porque o Rompe Brasa não segue uma linhagem ou um ritual específico, não tem hora, nem quantidade de pessoas prontas para sair na avenida.
Esse ano o bloco que sai da Biela terá como organizadores o Vereador Daco e um dos lideres da comunidade Wandersom, quem for chegando, vai se vestindo de folhas, participa e acaba vindo todo ano.’ Para eles, o Rompe Brasa é apenas uma brincadeira.