Indubitavelmente, o suporte diagnóstico por imagem, constitui uma das ferramentas de suporte diagnóstico de maior aplicabilidade complementar à anamnese e ao exame físico. Por meio dos procedimentos radiológicos se obtém mais precisão e acurácia na definição diagnóstica, e para tanto, a utilização de meios de contraste iodados auxiliam na obtenção de maior visualização e percentual de acerto na avaliação. Contudo, reconhecidamente, apesar de sua razoável tolerância, os contrastes iodados induzem a lesão renal aguda. Frente ao aumento das necessidades de intervenção cardiovasculares, o uso do contraste tem sido mais recorrente e por certo um fator associado à nefropatia.A compreensão da fisiopatologia renal induzida por contraste tem implicações favorecendo as tubulopatias por hipoperfusão e também complicando o volume de diurese e concomitante acúmulo do contraste no organismo. Vale destacar infelizmente que da disponibilidade existente os meios de contraste iodados possuem efeitos tóxicos para as células, bem como a estrutura renal. Epidemiologicamente, se constata a relação do aumento da morbimortalidade relacionada a nefropatia induzida por contraste iodado por complicações inerentes da lesão renal aguda, todavia vale destacar associada ao estado geral do paciente e suas comorbidades, prioritariamente a diabetes mellitus, favorecem ainda mais a manutenção desses indicadores. Dentre as recomendações que preveem os cuidados no uso de contrastes iodados, estão a via de administração preferencialmente intravenosa, discernente ao volume pensa-se que a avaliação em gramas seria o mais adequado e no tocante ao tipo acredita-se que o de baixa osmolaridade seja o menos agressivo ao funcionamento renal.