Indubitavelmente, um dos grandes avanços que possibilitaram a operacionalização da terapia renal substitutiva se deu pela criação e manejo dos cateteres para o acesso vascular nas terapias dialíticas, ainda em meados do século XX . Todavia, repousa sobre a mesma facilidade para a realização das sessões de hemodiálise, os riscos inerentes ao uso incorreto e a necessidade de cuidados específicos evitando assim as complicações mais corriqueiras, como a negativação e coagulação, não diferentemente da extrusão e infecções, principalmente nos cateteres não – tunelizados, que são a via de primeira escolha nas urgência dialíticas, quando se identifica a LRA. Tais situações reverberam nas intercorrências mais comumente vivenciadas, tanto no serviço ambulatorial e agudo do paciente em sessão. Obviamente, há de se considerar que dentre as complicações mais prevalentes e incidentes em pacientes gravemente enfermos em unidades intensivas, às infecções de cateter ocupam lugar de destaque, estando atrelado a elas uma taxa considerável e preocupante de mortalidade. Em geral a monitorização invasiva, a despeito de suas grandiosas contribuições no manejo do paciente intensivo, tais como, a acurácia no monitoramento hemodinâmico, a possibilidade de coleta de material para exames, a infusão de volume e a administração de medicamentos, tenha igualmente riscos na utilização, e dentre esses a infecção, tal qual coincidentemente nos acessos para hemodiálise. Neste último o emprego se dará em média 21 dias, por sua facilidade de implantação e podendo ser feito no próprio leito, modificando para acessos sub-permanentes como permicath ou a construção da FAV- fístula arteriovenosa, uma anastomose criada para viabilizar um acesso que permita suportar o fluxo e velocidade da sessão em paciente com o quadro fechado para DRC.
É salutar frisar que o emprego dos acessos para diálise são exclusivos para as sessões e não devem ser utilizados, como por exemplo para medicações rotineiras pela equipe da UTI. A manipulação dos mesmos deve ser restrita ao pessoal da nefrologia. Quando comparado em geral com materiais e sítio de aplicação, o cateter tunelizado possui menor intercorrência e preferencialmente implantado na jugular interna direita