Variadas comorbidades crônicas tratáveis ou intercorrências clínicas em nossas unidades de urgência e de emergência, estão correlacionadas com os eventos arrítmicos, que habitualmente na população em geral, constitui um dos sintomas mais incidentes e prevalentes que levam as pessoas até as unidades hospitalares, e não diferentemente os pacientes renais em unidades dialíticas, quer seja decorrente da elevação do potássio sérico, do percentual elevado dos íons de fósforo no sangue ou ainda alteração no equilíbrio ácido básico, dentre outras causas preponderantes. Os eventos isquêmicos e o desequilíbrio eletrolítico corroboram para os fatores predisponentes mais expressivos para a doença cardiovascular em DRC (doença renal crônica). A PCR (parada cardiorespiratória) e as arritmias graves em renais dialíticos são aspectos intimamente relacionados à mortalidade súbita ou morbimortalidade posterior por desequilíbrio hidroeletrolítico, desencadeando como medida preventiva a necessidade constante e atenta de ajuste da solução dialítica em especial da concentração de potássio e cálcio. A arritmia aguda contra indica a continuidade da sessão, sendo necessário devolução imediata, desconexão e a entrega do paciente à equipe de terapia intensiva, onde a cardioversão, utilização de drogas vasoativas e suporte ventilatório poderão ser utilizadas quando a sessão é realizada em UTIs ou em sala vermelha nas unidades ambulatoriais até que o paciente seja estabilizado. Vale destacar que a propedêutica medicamentosa para a fibrilação atrial, outro evento esperado em renais dialíticos, deve obedecer combinações criteriosas e cuidadosas nos ajustes de doses.