A diálise peritoneal na lesão renal aguda

Tipicamente, usual na operacionalização ambulatorial da propedêutica à doença renal crônica, a hemodiálise ocupa 93% do mercado de oferta de TRS no Brasil. A hemodiafiltração decorrente do custo embarcado ser oneroso para sua realização tem discretíssima entrada no mercado, inviabilizando uma maior adesão.  A diálise peritoneal totaliza um percentual de 10% na propedêutica da doença renal crônica, habitualmente convencionada ao uso domiciliar, tanto na modulação de trocas manuais ou automatizada. Reconhecidamente, indicada para pacientes muito idosos, cardiopatas e crianças, a DP possui variadas vantagens, principalmente por ser menos traumática, com maior flexibilidade na dieta e na logística pessoal, além de não necessitar de demasiada estrutura física para exequibilidade e ser mais fisiológica. Dentre as desvantagens, estão a dor abdominal, e peritonite, o extravasamento, a necessidade de reposição proteica e a hipernatremia. Vale destacar que historicamente, primordial na atenção à lesão renal aguda, a mudança da modulação operacional se deu pela presença marcante da hemodiálise no leque das TRS, todavia, a praticidade da DP tem alcançado um mercado em expansão, sendo usada igualmente nas urgências dialíticas. 

Na ocorrência da lesão renal aguda, a urgência dialítica normalmente é conduzida pelas unidades de terapia intensiva, onde a hemodiálise móvel de urgência é realizada. A abordagem à urgência por diálise peritoneal não é tão habitual fora dos grupos de indicação prioritária, a despeito do aumento do número de casos. 

Comparativamente, a DP possui menor implicação hemodinâmica, inflamatória e cardiovascular. Quanto ao custeio é menos oneroso e dispõe de menor estruturação para a realização.  Frente à hiperpotassemia e o edema agudo de pulmão, principalmente, não há um consenso absoluto entre nefrologistas sobre a indicação de DP. Reconhecidamente, para grandes obesos, pacientes com reabordagens cirúrgicas abdominais variadas e pacientes psiquiátricos, a DP é contraindicada. Dentre os cuidados estão:  manter a temperatura dos banhos em 36°,  registrar tempo de infusão e vazão, características da drenagem,  fazer glicemia capilar em pacientes diabéticos,  manter cateter limpo, seco e fixado rente a pele, controlar perda volêmica de acordo com balanço hídrico, o ponto de saída deve ser seco totalmente após  o banho.

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