Dentre os fatores predisponentes que dificultam a aderência à terapia dialítica, que por si só acarreta grande impacto pessoal, social e financeiro, além de reconhecidamente impor restrições e adequações alimentares, como por exemplo facilitando a ocorrência de anorexia, e ainda na mudanças na logística pessoal, levando à problemáticas conjugais, no trabalho e nos estudos, dentre outros. Frente a todas privações e dificuldades, até 50% dos pacientes dialíticos desenvolvem depressão e por isso a mesma possui destaque particularizado por apresentar dificuldade na continuidade da propedêutica medicamentosa e por levar a ideação por suícidio. Se caracteriza por uma tipificação de psicopatia inadequadamente considerada apenas com humor triste ou apatia intensa pelo grande público, que na verdade trata-se de uma doença grave que na sua fase mais aguda pode levar ao óbito. Compromete inicialmente com alteração de humor, de pensamento, acomete o estado físico e a interação social. Possui etiologia variada, tendo no aspecto genético, nos eventos traumáticos, em determinadas atividades e em uso de substâncias, alterações cerebrais, doenças clínicas e medicações como causas relacionadas com seu surgimento. Tem diagnóstico eminentemente clínico. O tratamento medicamentoso consiste no emprego de estabilizadores de humor e antidepressivos. O tratamento não medicamentoso envolve a terapia cognitiva comportamental, psicanálise e psicodrama, dentre outros. Não diferentemente a dietoterapia e reposição hormonal também podem ser utilizados.