Matéria muito interessante foi postada pelo site políticalivre livre está semana. No bojo da análise, já existem declarações do governador Rui Costa (PT) admitindo a possibilidade de concorrer ao Senado em 2022, e ampliando as especulações de que ele já teria combinado a candidatura com o senador Jaques Wagner (PT) e, inclusive, bolado com ele uma proposta de chapa que contemplaria os dois e mais os principais aliados PP e PSD.
Ainda conforme o texto, pelo arranjo, que tem circulado amplamente no PT nacional, com reflexos em Brasília, onde Wagner costuma conversar com frequência com as bancadas petistas de todos os Estados, o senador baiano disputaria o governo, Rui o Senado e ao PSD seria oferecida a vaga de vice na chapa para o deputado federal Otto Alencar Filho.
O PP, por sua vez, seria beneficiado com um processo de licença ou renúncia de Rui, emplacando o hoje vice João Leão no governo por um período que pode variar de seis a nove meses, uma ideia que não é de todo nova, mas que agradaria imensamente o progressista, além dos deputados estaduais e federais da legenda.
A novidade, propriamente, seria o surgimento do nome do filho do senador Otto Alencar, cacique baiano do PSD, no páreo. À luz das discussões travadas entre os petistas empenhados no projeto eleitoral de Wagner, ele representaria exatamente isso – a novidade e a juventude.
Os dois atributos do parlamentar são talvez alguns dos mais fortes da chapa de ACM Neto, candidato do DEM ao governo, que, entretanto, ainda não definiu os nomes que o acompanharão na empreitada. O que falta saber é se, com a proposta, o PT adoça a boca do pai de Ottinho.
Quanto a Rui, a capitulação do petismo em fazê-lo candidato ao Senado atenderia, principalmente, a um cálculo eleitoral, representado pela ajuda que pode dar ao próprio Wagner, por causa de seus excelentes índices de aprovação pela Bahia afora, segundo atestam as pesquisas.